Estes factos criaram alguma confusão no que respeita ao acesso à web através dos diferentes Kindles, em particular em Portugal.
Assim, tentando resumir um pouco a evolução da situação nos últimos tempos, relativamente ao acesso à web, temos o seguinte:
1 - Desde o lançamento do Kindle para fora dos Estados Unidos (Outubro de 2009) e até meados de Junho de 2010, o browser do Kindle (incluído em todos os modelos desde o inicial) apenas permitia a navegação no site da Wikipedia em inglês. E era só isso. Para além disso, para tudo ficar bem claro, o Kindle permitia, em Portugal, e sem qualquer limitação, navegar, via redes móveis, na loja da Amazon, comprar livros na Amazon ou ainda importar os primeiros capítulos dos livros, antes de os comprar.
2 - Após o lançamento da actual versão de software dos Kindle versão 2.5 (para simplificar) e durante cerca de mês e meio (início de Junho a meados de Julho) em Portugal o acesso à Internet ficou totalmente livre, ou seja podíamos aceder ao gmail, ao google docs, em resumo, a qualquer site sem limitação (para além da limitação técnica do próprio browser). Apesar deste acesso ser totalmente livre a Amazon nunca incluiu Portugal na lista de países com acesso livre e gratuito à web.
3. Em meados de Julho, o acesso à web em Portugal, via Kindle passa a ser novamente restrito e regressam as limitações de acesso. No entanto... as limitações de acesso não são geográficas, ou seja, a limitação não existe por estarmos em Portugal, mas sim pelo facto de a nossa conta estar associada a Portugal.
Dito de outra forma, basta mudar, na página de configuração do nosso Kindle na Amazon a nossa morada Kindle para um país com aceso livre do Kindle à web para beneficiarmos desse acesso livre... ao gmail, por exemplo. Assim, se mudarmos a nossa morada para uma morada do Reino Unido, por exemplo, ficamos com acesso totalmente livre à web. E, como já tive oportunidade de explicar noutra resposta, esta alteração não tem qualquer tipo de consequência ao nível da facturação/pagamento/entrega de produtos na loja Amazon, mesmo produtos "físicos".
Em termos de navegação no browser este apresenta as imagens e ícones das páginas mas não conteúdos em flash (ah... o iPad também não :-) ), nem vídeos. Dá perfeitamente para consultar o Gmail e outros serviços de webmail e consultar sites web para pequenas consultas. Se estiver disponível uma versão móvel do site é o ideal pois estão formatados para serem mais leves e menos "exigentes" em termos de plug-ins necessários.
Declarações dos responsáveis da Amazon apontam para um alargamento da cobertura gratuita do acesso 3G com o browser mas a verdade é que não há qualquer garantia oficial que isso venha a acontecer em breve para os clientes registados em Portugal.
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