Ebook-portugal.blogspot.com/ (antigo Kindleportugal.blogspot.com) é um blog com novidades sobre o ambiente Kindle e os livros digitais, em particular em Portugal, no Brasil e nos restantes países de língua oficial portuguesa. Ebooks em Portugal. Ebooks no Brasil.
Prosseguindo o seu caminho permanente de actualizações e inclusão de novas funcionalidades nas aplicações de leitura Kindle nas mais diversas plataformas e dispositivos a Amazon acaba de actualizar a sua App para iPhone, disponível na Apple App Store de forma gratuita.
São as seguintes as novidades da versão 2.6 da aplicação Kindle for iPhone (tradução minha):
- Números de página reais em milhares de livros da Kindle Store, com muito mais livros em breve. Agora pode efectuar citações com número de página na sala de aula ou acompanhar a leitura com outras pessoas que lêem as edições em papel em clubes do livro.
- Veja a percentagem do livro que já leu, quando lê no iPhone.
- Ecrã Inicial agora apresenta a sua percentagem de evolução em cada livro no iPhone e no iPad no ecrã de Lista.
- Pesquise palavras no Google e na Wikipedia sem ter de sair da aplicação
"New in 2.6: • Real page numbers for thousands of books in the Kindle Store, with more coming soon. Now you can make proper citations in the classroom or follow along with people reading print books in a book club. • View your percentage completed while reading on iPhone. • Home screen now shows your progress through books on iPhone and on iPad in list view. • Lookup words on Google and Wikipedia without leaving the app"
Alguns ecrãs (imagens kindleportugal.blogspot.com):
Ordenação dos livros por título
Ordenação por tempo (leitura/abertura do livro)
Capa do Livro
Passagem destacada pelos leitores
Vista dos números de página e percentagem de evolução da leitura
O livro que destaco hoje é o recém-editado livro do anterior presidente dos Estados Unidos, George Bush. Para os interessados em política internacional e não só.
Uma das principais dúvidas sobre o Kindle tem a ver com o seu ecrã.
A este propósito a Amazon apresenta no seu site um texto que explica um pouco como funciona e quais as vantagens do ecrã de Tinta Electrónica. Traduzi e adaptei este texto pois pareceu-me ser interessante para todos aqueles que procuram obter informação sobre o Kindle e o Kindle DX.
E-Ink 101: Comparação entre o ecrã do Kindle os LCDs tradicionais
Como funciona a Tinta Electrónica (E-Ink):
Os ecrãs de tinta electrónica funcionam através da utilização de tinta, tal como os livros ou os jornais, mas apresentam a tinta de forma electrónica. Quem vê o ecrã pela primeira vez é surpreendido e obrigado e olhar de novo, porque o ecrã parece ser de papel “real”.
Não cansa a vista - Lê-se como se fosse no papel, não como num ecrã de computador
O ecrã de tinta electrónica do Kindle é ideal para a leitura porque não cria a mesma tensão ocular que caracteriza a leitura num ecrã tradicional de LCD retroiluminado, como aqueles que equipam os tablets ou os portáteis.
Ecrã de tinta electrónica ampliado Ecrã de LCD ampliado na mesma escala
Texto mais Definido Ecrã mais Nítido
A tinta electrónica usa tinta verdadeira para apresentar um texto nítido semelhante ao de um livro físico impresso em papel. Os tipos de letra (fontes) específicos do Kindle exploram todas as potencialidades das características da tinta de forma a fazer com as letras sejam mais definidas e nítidas.
Sem brilho, nem reflexo, mesmo sob a luz solar
O ecrã do Kindle reflecte a luz como o papel normal, eliminando o brilho e o reflexo criados pela retroliluminação dos ecrã LCD que equipam tablets, portáteis e smartphones. Pode ler de forma agradável com o Kindle tanto ao sol como dentro de casa.
Kindle Tablet
Nem toda a Tinta Electrónica é a mesma – O Kindle usa a última geração de tinta electrónica, que proporciona um contraste melhorado em 50%
Quando se tratar de ereaders (leitores de livros digitais) deverá ter a preocupação de garantir que está a adquirir um equipamento com tecnologia de tinta electrónica de última geração, designada como Pearl. O novo Kindle possui a tecnologia Pearl, o que faz com que possa usufruir da melhor experiência de leitura possível, com um contraste 50% superior e com um texto muito nítido.
Vida útil da bateria mais longa
Os ecrãs de tinta electrónica não consomem energia para apresentar uma página de texto, permitindo-lhe ler durante um mês com uma carga completa, ao contrário dos tablets ou dos smartphones. Este consumo de energia reduzido faz igualmente com que o Kindle, ao contrário do que acontece com os computadores portáteis, nunca aqueça, permitindo-lhe assim ler de forma confortável durante o tempo que desejar. A energia apenas é consumida quando se muda de página.
Leia antes de adormecer sem que isso afecte o seu sono
Segundo um artigo recente publicado no New York Times, especialistas do sono dizem que a leitura em ecrãs retroiluminados a curta distância antes de dormir inibe a produção de melatonina, que é um elemento crítico para uma boa noite de sono. “A principal lição a reter é que as insónias e os equipamentos electrónicos que emitem luz não devem ser combinados antes de dormir… O Kindle é melhor para o seu sono.”
Deparei-me com este interessante artigo publicado no blog brasileiro Tipos Digitais, de Carlo Carrenho que podem encontrar no link ou que aqui reproduzo, com citação do autor e fonte:
Eu tenho atualmente um iPad, um iPhone, um Cooler (cortesia da Gato Sabido), um Sony Reader e dois Kindles (2ª e 3ª gerações). O melhor gadget? O iPad, sem sombra de dúvida. O melhor e-reader? O Kindle (3ª geração) sem sombra de dúvida. Contraditório? Não, e explico. O iPad não é um e-reader, é um tablet multifuncional que vai concorrer com os laptops. Faz quase tudo aquilo que um computador faz, muitas vezes melhor e com mais rapidez. Já o Kindle é um e-reader, e nada mais. Mas não é melhor carregar apenas um apetrecho, que já faça tudo, ao invés de vários gadgets “especialistas”? Talvez em longas viagens, sim, mas só neste caso.
Por ser um “especialista”, a leitura no Kindle é mais agradável devido à tecnologia de e-Ink (pode-se ler ao sol) e ele é muito menor e mais leve que o iPad. Mas não é isto o que realmente faz a diferença. Até porque alguém já disse que “em dias de sol, eu prefiro fazer outras coisas que ler”. A grande questão é que ler um livro exige um mínimo de tranquilidade.
Toda leitura de livro é um certo retiro emocional e espiritual, é um momento de reflexão e de relaxamento. E o iPad é tão bom, tão ágil, tão divertido que se torna impossível alcançar a paz de espírito necessária para a boa leitura. Quando estou com meu iPad, não consigo ficar 10 minutos sem checar e-mail, ver o Twitter ou navegar na Internet. É fascinante e viciante. A melhor
descrição deste “problema” do iPad foi feita por Peter Bregman em um post no blog da Harvard Business Review: Why I returned my iPad.
Portanto, para ler com calma e viajar no prazer da leitura nada é melhor que o Kindle, que aliás é hoje o e-reader mais barato do mercado brasileiro (R$ 550) ainda que importado regularmente diretamente da Amazon. Para todo o resto, o iPad é imbatível.
Recentemente tive oportunidade de (finalmente!) testar o mais recente “coelho” que a Apple “tirou da cartola”. Sim, Steve Jobs disse mesmo que o iPad é um equipamento “mágico e revolucionário”.
Pois a verdade é que, depois de o testado em duas ocasiões no espaço de dois dias, numa loja Apple, num total de cerca de 50 minutos posso dizer que me parece ser um equipamento verdadeiramente espectacular, apesar das limitações (conhecidas) que apresenta, em particular no que respeita à leitura de livros.
Assim, em termos gerais devo dizer que, talvez por tudo aquilo que li previamente, não achei o iPad tão pesado como esperaria... mas a verdade é que o testei sobre uma banca da loja Apple e não em condições "reais", por exemplo, de leitura sem o apoio de qualquer superfície.
Não vou dar uma grande novidade ao referir que o iPad é muito “agradável ao toque”, apresentando de imediato a sensação premium que é habitual em todos os produtos Apple. As superfícies são todas muito suaves e bem acabadas, como seria de esperar. Não há dúvida que os “production values” estão bem à vista.
Mas é quando começamos a tocar com os dedos no ecrã que nos apercebemos da verdadeira qualidade do equipamento. Tudo é muito rápido, o ecrã tem um brilho espectacular (para o bem e para o mal, como veremos...), as aplicações abrem e correm de forma imediata e a sensibilidade/capacidade de resposta aos comandos que vamos dando com os dedos é perfeita.
Tive oportunidade de testar de tudo um pouco, desde o browser web ou da aplicação de email até aos jogos, não deixando, de passar pelas revistas e claro, pela leitura de livros.
Fiquei realmente impressionado pela qualidade do ecrã e, possuindo um iPhone, registei que a “transposição” das aplicações do iPhone para o iPad começa a tirar partido das dimensões do equipamento.
De entre as aplicações que testei destaco a versão de demonstração das revistas Popular Science e Wired, que podem apreciar no vídeo (não meu) que apresento no final.
Por esta altura (obrigado se aguentaram a leitura até aqui...) alguns leitores deste blog deverão já estar a pensar: "afinal do grande fã do Kindle “converteu-se” ao iPad”. Pois a verdade é que não é bem assim.
Com efeito, depois de testar, quer a aplicação para leitura de livros da Apple (iBooks), quer as versões para iPad das revistas Wired e Popular Science, aquilo que me ocorreu de imediato foi o seguinte: "O iPad não vem substituir/matar o Kindle!”. E, acreditem, estava com "espírito aberto" e "disponível" para concluir o contrário.
De facto, na leitura de revistas e na consulta de websites noticiosos, de jornais em papel ou não, o iPad é excelente pois tem potencialidades enormes em termos de interactividade, de cor, de possibilidade de pesquisa adicional de informação. Tudo isto funciona de forma quase instantânea e sem falhas... excepto o facto de não apresentar aplicações em Flash, mas isso é outra conversa...
Já no que respeita à leitura de livros, que é aquilo que mais interessa para efeitos deste blogue, parece-me que o Kindle permanece imbatível!
O ecrã LCD do iPad apresenta um excelente brilho, que permite apresentar cores vibrantes e atraentes, incluindo “livros animados” e revistas interactivas, como vimos, mas a verdade é que a sensação que temos quando estamos a ler no iPad é semelhante àquela que todos já experimentámos quando tentamos ler um artigo mais longo num jornal online ou numa página web no nosso portátil ou PC de secretária. A leitura não é “escorreita" e confortável como num livro... ou num Kindle.
A "cintilação" própria de um ecrã LCD, por muito imperceptível que possa parecer num primeiro momento, com o passar dos minutos acaba por se tornar um pouco cansativa para os olhos, sobretudo numa leitura atenta e calma, não “na diagonal” (pelo menos foi essa a sensação com que fiquei...).
Eu sei que muitos de nós passamos horas a olhar para um ecrã LCD todos os dias, a questão não é essa, a pergunta é: quantos de nós já conseguiram estar uma ou duas horas (para não ir mais longe) a ler um livro no PC de secretária, num laptop ou num netbook?...
Decorre da natureza do ecrã LCD que, ao contrário do Kindle, é virtualmente impossível ler um ebook ao ar livre com o iPad; alguns poderão dizer, em contrapartida, que na cama é mais fácil ler com o iPad. Talvez sim, mas a verdade é que o peso do iPad não deverá ajudar muito... adiante.
Para além do ecrã, o facto de o iPad ser um espectacular gadget multimédia induz igualmente aquilo que eu poderia chamar de FED - "Factor de Elevada Distracção". Com isto quero dizer que o facto de o iPad ser tão versátil e ter aplicações e usos tão variáveis e apelativos induz um potencial efeito de distracção em quem está a ler um livro que potencia a dispersão e o abandono do livro, num tipo de “consumo multimédia” semelhante àquele que temos quando estamos frente ao PC. Com o iPad podemos ver vídeos, navegar na web, correr jogos, ver o estado do tempo, organizar as fotos de família, enviar e receber emails, actualizar blogues e assim por diante.
Resumindo a minha opinião, penso que o iPad é de facto um equipamento excelente e realmente desejável que foi (e ainda é) pioneiro num segmento de mercado que literalmente foi “inventado” pela Apple mas, no que diz respeito exclusivamente à leitura de livros, o Kindle (6 polegadas ou DX) continua, em meu entender, a ser sem dúvida a melhor opção, em particular devido à tecnologia do seu ecrã ("e-ink") que apresenta qualidades semelhantes ao papel em termos de reflexão da luz e de “descanso para os olhos”, como aliás tenho vindo a documentar neste blogue.
Revista Wired no iPad
Alice no País das Maravilhas no iPad - Livro interactivo
No momento de entusiasmo inicial com o lançamento do iPad, um gadget que me parece excelente, apesar de algumas limitações gritantes (multitasking, câmara de vídeo, leitura de flash, etc, etc.) que levam muita gente a dizer "o rei vai nu"... li este comentário que um proprietário de um iPad enviou a propósito da funcionalidade de leitura de livros do Ipad e da comparação deste com o Kindle, para esta utilização específica, claro:
"iReport —
Yesterday I caved and went downtown to the Apple store on Fifth and bought an iPad.
Today I'm reviewing it - from the point of view of a non Apple user.
I'm glad I bought the iPad. It doesn't bring much new in the way of features, but it does bring in an ease of use and attractive design.
What it will NOT replace: It will not replace my Kindle. Although the iPad has an iBooks application, the backlit screen and the books' layout does not seem to provide the same ease of spending hours reading novels on the Kindle. Sure, it has color which the Kindle reader does not have, but as I am primarily a reader of novels, this doesn't do much for me. Kindle's Ink® electronic paper display is easy on the eyes and allows for easy reading in sunlight.
When you turn a page in the iPad iBook, the display shows an image of the page turning. It is therefore slower than the Kindle page turn which is done on the press of a button (one on each side to cater for both right and left handed people). The iBook looks pretty, but pretending to look like a paper book does little to take full advantage of the electronic media.
Then there's the size. The Kindle fits easily into my handbag. The iPad is a bit too bulky.(...)"
O leitor deste blog Abel, enviou-me mais um comentário interessante e com o qual concordo integralmente, sobre a sua experiência de utilização com o Kindle e a comparação deste com o iPad, que passo a transcrever neste post:
"Não há dúvidas que o iPad não irá, de modo algum, substituir o Kindle. A experiência num iPad será semelhante à de um iPhone/iPod Touch com ecrã maior. E por muito que tentem, a tecnologia de ecrãs LED, por muito avançada que seja, nunca será tão agradável como a de eInk.
Isto para não falar da duração da bateria e do aparente aquecimento que alguns utilizadores relatam com o iPad quando o usam ao ar livre (ao sol). Com o Kindle o aquecimento simplesmente não existe. Com o iPad acredito que exista visto que eu conheço o aquecimento do iPhone. Nada de outro mundo, mas aquecimento é energia desperdiçada. E eu uso o meu Kindle em muitos sítios e situações e nunca o senti quente. Sempre à temperatura de um livro. =P
Agora, o iPad é sem dúvida um gadget muito interessante. Mas não é mais interessante que um iPhone/iPod Touch. Poderia ter sido mais se eles utilizassem um Sistema Operativo diferente.
Mas a Apple acreditou que assim seria melhor e há que respeitar a empresa que nestes últimos tempos está a subir na consideração de muita gente.
iPad é um complemento ao Kindle. Mas nunca será tão bom como o Kindle no aspecto de eReader, claro. De resto são aparelhos para mercados diferentes."
Os primeiros iPad já estão nas mãos de muitos utilizadores com muita fé ... e a Amazon acaba de anunciar que já está disponível para download na App Store da Apple a aplicação oficial Kindle for iPad.
Há alguns relatos curiosos de compradores do novo iPad que possuem um Kindle que dizem que o iPad não virá substituir o Kindle para... ler livros (é para isso que serve o Kindle...). Dentro de dias conto resumir algumas impressões que tenho lido a este propósito.
O leitor do blog Miguel Tomar Nogueira, cujas palavras de incentivo desde já agradeço, acabou de receber um Kindle e enviou-me este comentário, que acho que é interessante publicar como mensagem. Retenho ainda as suas reflexões sobre o Kindle e o iPad, com as quais concordo inteiramente:
"Parabéns pelo blog. Recebi o meu Kindle ontem e estou deveras fascinado. Não esperava ficar tão surpreendido com o ecrã.
Sendo proprietário de um iphone, acredito que o iPad não é concorrente do Kindle. São dispositivos diferentes para mercados possivelmente diferentes. Compare-se com um PC e uma consola. Eu posso jogar num PC, mas a experiência de jogar é melhor na consola, onde me sento no sofá, onde não necessito de configurações especiais. No entanto o PC dá para muito mais actividades.
Aqui penso que estamos numa divisão também. Quem tem o Kindle tem para aquilo que ele serve. Ler principalmente livros. E nisso, o iPad não o bate. O iPad serve para muitas outras coisas mas acaba por ter também outros públicos.
Gostava apenas ainda de manifestar o interesse em pertencer a algum clube ou grupo de utilizadores portugueses do Kindle onde possamos trocar ideias."
Aproxima-se a data de início oficial de venda do iPad, 3 de Abril, e a Amazon acaba de lançar as primeiras imagens da aplicação Kindle para o Ipad. Veremos se a Apple concederá pacificamente o acesso à Kindlestore para os utilizadores poderem comprar livros para o Kindle e depois os poderem ler também no Ipad.
Cada vez mais a ideia parece ser a de que estes dois dispositivos serão complementares. A longevidade da bateria do Kindle, bem como a sua capacidade para se ler ao ar livre (leia-se "debaixo do sol") são pontos-chave a favor do Kindle, ao qual podemos adicionar a disponibilidade imediata de cerca de meio milhão de livros.
O Ipad tem a seu favor, simplificando, a versatilidade de utilização e o factor "Apple" (na "usability"); acresce que ainda vai demorar algum tempo para que possa, fora dos EUA, adquirir livros na livraria online da Apple (mas... tem sempre a Kindlestore, cujos livros pode ler no iPad.... parece confuso...).
O leitor deste blogue, Abel, fez um comentário que me parece bastante interessante, relativamente ao iPad, em especial no que respeita às questões relacionadas com a bateria e respectiva vida útil. Por isso, de forma a dar mais visibilidade ao comentário decidi colocá-lo nesta mensagem. Muito obrigado pelo seu contributo. Não tenho qualquer tipo de pretensões a saber tudo sobre o Kindle, nas suas diferentes versões, por isso agradeço imenso este tipo de contributos:
Do leitor Abel:
Um colega meu disse que o Kindle ia "morrer" com a chegada do iPad. Mas eu discordo e digo que o iPad é algo que não vem atacar directamente o mercado dos eReaders mas sim do netbooks (como disse o Jobs na apresentação).
De facto o iPad é um aparelho excelente e o preço de facto surpreendeu-me bastante, tendo em conta que o preço é a única grande desvantagem do Kindle.
Mas como foi dito, apesar do iPad dar para ler, existem duas propriedades que ainda fazem diferença. A primeira é aquela sensação de papel que o Kindle tem. Tudo bem, o Kindle não dá para ler no escuro e o iPad dá, mas os livros também não dão para ler no escuro e para alem do mais, torna-se muito mais confortável ler em algo parecido com papel do que LCD. Eu sei, pois passo muitas horas em frente a monitores.
A segunda desvantagem é sem dúvida a bateria. Mesmo que o iPad tenha a bateria de 10 horas como é dito o Kindle vai muito mais além.
E de não esquecer outra coisa, os ciclos de carregamento. Supondo que ambos os produtos tem 200 ciclos de vida de bateria. Se carregarmos um iPad de 2 em 2 dias (utilizador casual), os ciclos serão atingidos em 400 (1 ano e pouco) dias. No caso de um Kindle, supondo que é carregado de 7 em 7 (3G ligado) já só atinge os ciclos passados 1400 dias (Quase 4 anos).
Isto claro são exemplos pois os aparelhos tem mais ciclos de vida.
Acredito que o Kindle perca alguns compradores para o iPad. Mas a verdade é que o iPad não tem as principais características do Kindle e está mais orientado em ocupar o mercado dos Netbooks do que dos eReaders, pois não é a função de um eReader servir de agenda ou ver o mail. Um eReader é para ler. Para servir de agenda, ver mails, sites, fazer documentos isso é algo para um Netbook e é ai que o iPad vai dominar."