O romance venceu o prémio Leya 2011, é o primeiro romance deste autor contemporâneo português e a história da escrita deste livro é verdadeiramente inspiradora.
Engenheiro de profissão, João Ricardo Pedro viu-se no desemprego. Um dia depois disso ter acontecido decidiu começar a escrever um livro, tarefa à qual se dedicou a tempo inteiro, durante cerca de dois anos. Em cima do prazo-limite entregou o seu manuscrito para o Prémio Leya e, surpreendentemente, viria a conquistar esse mesmo prémio.
Mas independentemente da história que está na génese do livro posso dizer, porque o li, que se trata de um livro que vale mesmo a pena ler. A escrita é surpreendente, as histórias são muito interessantes e a linguagem é por vezes crua mas sempre certeira. Um livro muito bom, cheio de histórias que se cruzam com o Portugal dos últimos 35 anos e que não me canso de recomendar!
O Teu Rosto Será o Último (Portuguese Edition) [Kindle Edition]
A sinopse do editor:
Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu. Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial. Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?
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